No dia 23 de agosto passado Nelson Rodrigues completaria cem anos. Segundo Davi Coimbra, em sua publicação no jornal Zero Hora do dia 26 de agosto de 2012, página 46. Ele diz que Nelson não foi um grande colunista, mas sim um grande frasista.
"Nelson foi melhor frasista do que cronista. Repetia suas ideias, sublinhava-as a cada chance que surgia, e assim as consagrou. Tinha uma imagem não muito edulcorada do brasileiro. Algumas de suas frases mostram bem isso. A primeira e a segunda das que relaciono abaixo são um diagnóstico de alguns dos nossos tropeços olímpicos.
‘‘ O brasileiro não está preparado
para ser o maior do mundo em coisa
nenhuma. Ser o maior do mundo em
qualquer coisa, mesmo em cuspe
à distância, implica uma grave,
pesada e sufocante responsabilidade.
para ser o maior do mundo em coisa
nenhuma. Ser o maior do mundo em
qualquer coisa, mesmo em cuspe
à distância, implica uma grave,
pesada e sufocante responsabilidade.
‘‘ Que Brasil formidável seria o
Brasil se o brasileiro gostasse
do brasileiro.
Brasil se o brasileiro gostasse
do brasileiro.
‘‘ O brasileiro, quando não é
canalha na véspera, é canalha
no dia seguinte.
canalha na véspera, é canalha
no dia seguinte.
‘‘ No Brasil, o marxismo adquiriu
uma forma difusa, volatizada,
atmosférica. É-se marxista sem
estudar, sem pensar, sem ler,
sem escrever, apenas respirando.
uma forma difusa, volatizada,
atmosférica. É-se marxista sem
estudar, sem pensar, sem ler,
sem escrever, apenas respirando.
‘‘ No Brasil, só se é intelectual,
artista, cineasta, arquiteto, ciclista ou
mata-mosquito com a aquiescência,
com o aval das esquerdas.
artista, cineasta, arquiteto, ciclista ou
mata-mosquito com a aquiescência,
com o aval das esquerdas.
‘‘ Está se deteriorando a bondade
brasileira. De quinze em quinze
minutos, aumenta
o desgaste da nossa delicadeza."
brasileira. De quinze em quinze
minutos, aumenta
o desgaste da nossa delicadeza."
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